...é um, eu te amo que não se diz com palavras quando a partida é inevitável.

foto: Retirada olhares.com

A gente nunca pensa na hipótese de fatiar o amor, mas de repente 3 meses e 14 dias, esse era o tempo que a gente tinha para dizer, expressar, silenciar e sentir tudo o que sentíamos por ela. Para todos nos foi como dormir numa quinta-feira e acorda no outro dia num pesadelo, as mãos começam a suar, a gente não sabe se sai correndo, ou dá um abraço apertado nela, dizendo que aquilo é apenas um faz de conta. Porém basta poucos minutos para a gente cair na real e ver que aquela é a pura realidade, com suas provas de amor a espera.
Tentamos de certa forma dizer para ela o quanto a amávamos e que ela foi um presente para nos nesse pouco tempo que Deus permitiu que estivesse aqui no nosso meio, no nosso coração foi apenas uma fração de segundo diante de tantas coisas que queríamos mostrar e que pareciam inúteis, porque perguntávamos a toda hora onde ela iria usar... Naquela hora o que ela mais precisava era a certeza dos pais abalados que a vida valeu a pena e que mesmo parecendo curta perante nossos olhos, nos deixou lições e recados que levaremos no nosso intimo para a toda eternidade.
A gente não nasce amando, nascemos com o amor que desenvolvemos ao longo da vida... Oi será que você me escuta?... Sei que Deus tem um lugar especial ai para as crianças... Consegue sentir o quanto ainda te amamos... Quanto desejaríamos ter feito mais...
O que cansou nisso tudo não foi ir toda semana aos médicos, foi ver a esperança indo contigo a cada dia e eu que aprendi a viver sempre tendo esperança, entendi que quando a esperança morria eu morria com ela.